A Folha desta quinta (18) noticiou mais um rebaixamento na classificação do Brasil por uma agência responsável por avaliar risco de dívida soberana, a Standard & Poor’s. Isso importa? Agências de classificação de risco buscam estimar as chances de calote nas dívidas de países e empresas. Contudo, investidores e participantes do mercado financeiro também buscam(…)
Triste aniversário
1982 “Vote três, o resto é burguês” era um slogan do PT em sua primeira eleição (o número do PT era 3). Aquele era o “Partido dos Trabalhadores”, o que defenderia os oprimidos na batalha política contra os opressores. O PT abrigava tendências trotskistas e marxistas-leninistas (Libelu, PCBR, Convergência Socialista e várias outras), mas a(…)
O lucro dos bancos
Muito se fala sobre os altos lucros auferidos pelos bancos brasileiros. Isso é um problema? Deveríamos tributar mais os bancos? Em uma economia de mercado, o lucro é parte da regra do jogo. Entretanto, lucros altos demais podem estar associados à concorrência de menos. De fato, há fortes indícios de que falta concorrência no setor financeiro(…)
Entre Lemann e Al Capone
A principal razão para a proibição da produção e do comércio de entorpecentes é o óbvio mal à saúde causado por essas substâncias. Um argumento liberal frequentemente usado contra a proibição é que o Estado não deveria interferir nesse tipo de decisão individual. Esses argumentos e outros tantos contra-argumentos são razoavelmente bem conhecidos. Um ponto(…)
Que políticas seriam boas para o mercado de crédito?
Com frequência, escrevo neste blog contra políticas que direcionam o crédito para alguns a taxas muito inferiores às de mercado. Surge, então, a questão: se essas não são boas políticas, como aumentar o acesso ao crédito? A resposta inclui regras do jogo claras, que protejam os direitos de quem emprestou, competição entre os bancos e(…)
O estímulo ao crédito e a Selic
Suponha que você esteja devendo R$ 1.000 no cheque especial, pagando juros de 7% ao mês. Você consegue um empréstimo de um parente próximo, R$ 1.000, sem juros, por um mês. Se você colocar o dinheiro na poupança, a juros de 0,65%, receberá ao final do mês R$ 6,50 além dos R$ 1.000 que você deve pagar de volta. Seria(…)
Posições políticas: preferências e tecnologia
Produz-se hoje um grande número de camisetas do Barcelona com o número e o nome de Lionel Messi. Produz-se muito menos camisetas do São Bento de Sorocaba com o número e o nome de Anderson Cavalo. A produção de smartphones tem crescido vertiginosamente. É, hoje em dia, muito maior do que era há 10 anos. No caso das camisetas,(…)
O custo social do passe livre
Discussões sobre o passe livre costumam focar dois aspectos: 1) as contas públicas: Estados e municípios estão na pindaíba, o momento não é propício para os aumentos nos gastos públicos que o passe livre geraria. 2) distribuição de renda: o passe livre é, entre outras coisas, uma transferência de recursos dos contribuintes para quem usa(…)
A primeira reunião do Copom de 2016
Ao aumentar uma das taxas de juros básicas da economia (a Selic), o Banco Central torna o crédito mais caro e, portanto, desestimula o investimento e a compra de bens duráveis. Assim, aumentos nos juros tem um impacto negativo na demanda por bens na economia. Essa redução na demanda desestimula aumentos nos preços, ajudando, portanto, a segurar(…)
Tecnologia cortou centenas de milhões de empregos nos últimos séculos. Que bom!
A matéria da Folha nos diz que a “tecnologia cortará 5,1 milhões de empregos nos próximos 5 anos”. Devemos nos preocupar? Bem, no início do século XIX, 80% da população norte-americana trabalhava na agricultura. Hoje, esse número é cerca de 2%. Muitos empregos foram cortados pela tecnologia. Queda semelhante foi observada em todos os países desenvolvidos. É(…)